Bituca
- Leopoldo Paulino

- 13 de nov. de 2021
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No ano de 2003 André Ristum, diretor de cinema, finalizava o filme “Tempo de Resistência”.
Chico Buarque e Francis Hime haviam cedido suas músicas para o documentário, sem cobrar pagamento por seus direitos autorais.
Como idealizador e produtor do filme manifestei minha vontade de que fosse utilizada uma música de Milton Nascimento e conversei com a cantora Simone Guimarães, minha amiga, que se propôs levar-me até Milton.
Pouco tempo depois, convidou-me para estar no Rio de Janeiro, na casa de Espetáculos “Canecão”, no dia 16 de setembro de 2003, quando Milton Nascimento iria se apresentar, além de lançar a cantora Maria Rita.
Ao final do espetáculo, Simone levou-me ao camarim de Milton. Quando adentramos no recinto, Simone me apresenta: “Bituca, esse é o Jaiminho de quem lhe falei.
Fiquei de imediato surpreso e emocionado, pois Simone falara da minha trajetória de militante revolucionário para o grande mestre Milton Nascimento, tanto que me apresentara com meu nome de guerra na ALN.
Milton Nascimento me estendeu a mão cumprimentando-me e com humildade disse:
“Jaiminho, tenho muita honra em te conhecer”.
Fiquei sem palavras. Eu, sim, tinha e tenho motivos para estar honrado em conhecer aquela figura de proa da Música Popular Brasileira, por quem tenho grande admiração.
Milton cedeu uma de suas músicas para o filme, mas não pudemos utilizá-la porque seu empresário havia vendido os direitos autorais da canção para uma editora.
Infelizmente, o filme saiu sem a música do grande Milton Nascimento, mas eu saí pessoalmente enriquecido por haver conhecido Bituca pessoalmente.







Um dia pra ficar pra história