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D. Angélico


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Eu era adolescente quando conheci o então Cônego Angélico, que na época trabalhava no jornal “Diário de Notícias”, periódico ligado à Arquidiocese de Ribeirão Preto.

Meu pai, amigo do combativo sacerdote, passava às vezes na redação do Jornal para conversar com ele e em uma dessas oportunidades eu estava junto, oportunidade em que o conheci.

Angélico já era conhecido por seu firme posicionamento contra a ditadura militar e por sua meritória atuação em defesa dos menos favorecidos.

Anos depois fui para o exílio e soube que ele estava como Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, trabalhando com o inesquecível D. Paulo Evaristo Arns.

Como responsável pela Pastoral Operária, desenvolveu grande trabalho junto aos pobres, sobretudo na região de São Miguel Paulista, Zona Leste da Capital.

Foi também coordenador do Jornal “O São Paulo”, órgão informativo da arquidiocese Paulistana, incomodando a ditadura com aquela publicação.

Em 2003, eu estava trabalhando na produção do documentário “Tempo de Resistência”, dirigido pelo cineasta André Ristum e pensei eu convidar D. Angélico para gravar um depoimento para o filme.

Entrei em contato com ele, fiz o convite e ouvi como resposta: “Claro que gravo, é minha obrigação, meu irmão.” O filme ficou pronto e traz uma importante fala do Bispo do Povo.

Anos depois organizamos a agenda “Tempo de Resistência”, dentro de nosso projeto do mesmo nome. Após alguns dias recebo correspondência de D. Angélico agradecendo pela agenda e mais uma vez confirmando seu compromisso de vida.


Leopoldo Paulino.


 
 
 

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